A Influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias. A transmissão ocorre principalmente de pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala de uma pessoa infectada para uma pessoa suscetível.
O vírus influenza pode também ser transmitido por aerosol e por meio contato direto ou indireto com secreções respiratórias, ao tocar olhos nariz ou boca. Em ambientes fechados ou semifechados, como domicílios, creches, escolas, instituições de longa permanência, podem ser observados surtos e alta transmissibilidade, dependendo não apenas da infectividade das cepas, mas também do número e intensidade do contato entre pessoas.
A infecção por influenza normalmente se manifesta como síndrome gripal (SG) que se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaléia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros se tornam mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade repiratória e há necessidade de hospitalização. Em situações em que ocorre agravamento dos casos, estes podem evoluir para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou mesmo óbito.
A vacina influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra a doença, suas complicações e óbitos, além de contribuir na redução da circulação viral na população.
Estratégia de vacinação contra a influenza em 2023 – Grupos e pessoas prioritárias para a vacinação!
- Crianças de 6 meses a menos de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias);
- Trabalhadores da Saúde: todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores do ensino básico e superior;
- Povos indígenas;
- Povos e comunidades tradicionais quilombolas;
- Indivíduo com 60 anos ou mais de idade;
- Profissionais das forças de segurança e salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais conforme quadro abaixo:
Categoria de risco clínico com indicação da vacina influenza sazonal.
Fonte: CGICI/Dimu/SVSA/MS
-Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbano e de longo curso;
-Trabalhadores Portuários;
-População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
O objetivo da Campanha Influenza é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, na população alvo para vacinação.
A composição da vacina é estabelecida anualmente pela OMS, com base nas informações recebidas de laboratórios de referencia sobre a prevalencia das cepas circulantes. A recomendação sobre a composição da vacina ocorre no segundo semestre de cada ano, para atender às necessidades de proteção contra influenza no inverno do Hemisfério Sul.
Conforme a Instrução Normativa (IN) n° 189, de 26 de outubro de 2022 da ANVISA, a vacina influenza trivalente utilizada no Brasil a partir de fevereiro de 2023 apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação: A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm 09; A/Darwin/9/2021 (H3N2); B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).
A vacina influenza (fragmentada, inativada) é uma suspensão composta por diferentes cepas do vírus Myxovirus influenzae inativados, fragmentados e purificados.
Esquema de vacinação
O esquema vacinal e a recomendação da vacina em crianças são definidos com base na idade no momento da primeira dose da vacina influenza e no número de doses de vacina recebidas em temporadas anteriores (pelo menos uma dose).
Via de administração
A vacina influenza trivalente deve ser administrada por via intramuscular profunda.
Recomenda-se a adminstração da vacina por via subcutânea em pessoas que apresentam discrasias sanguíneas ou que estejam utilizando anticoagulantes orais.
Administração simultânea com outras vacinas ou medicamentos
A vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Estadual de Vacinação e também com outros medicamentos, procedendo-se às administrações com seringas e agulhas diferentes em locais anatômicos distintos.
Os tratamentos com imunossupressores ou radioterapia podem reduzir ou anular a resposta imunológica. Esse fenomeno não se aplica aos corticosteroides utilizados na terapêuticas de reposição, em tratamentos sistêmicos de curto prazo (menos de duas semanas) ou por outras vias de administração que não causem imunossupressão. Os tratamentos com imunossupressores ou radioterapia podem reduzir ou anular a resposta imunológica.
Doadores de sangue
De acordo ANVISA, os candidatos elegíveis à doação que tiverem sido vacinados contra influenza devem ser considerados como inaptos temporariamente, por um período de 48 horas após a vacinação.
Imunogenicidade
A detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 e 3 semanas, após a vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas.
Precauções
Contraindicações:
Vigilância dos Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização - ESAVI
As vacinas influenza sazonais têm um perfil de segurança excelente e são bem toleradas. A vacina utilizada pelo PNI durante as campanhas é constituída por vírus e não causam a doença.
Entretando, ESAVI podem ocorrer, sendo a grande maioria deles não graves e autolimitados e, muito raramente, podem ser graves, necessitando de assistência de saúde.
De acordo com as manifestações clínicas, estas podem ser locais ou sistêmicas.
-Manifestações locais: como dor no local da injeção, eritema e enduração são os mais comuns e ocorrem em 15% a 20% dos pacientes, sendo benignas autolimitadas geralmente resolvidas em 48 horas.
-Manifestações sistêmicas: são benignas, autolimitadas, como febre, mal-estar e mialgia que podem começar de 6 a 12 horas após a vacinação e persistir por um dois dias, sendo notificadas em menos de 10% dos vacinados. Estas manifestações são mais frequentes em pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos da vacina. A vacinação não agrava sintomas de pacientes asmáticos nem induz sintomas respiratórios.
-Reações de hipersensibilidade: reações anafiláticas (hipersensibilidade do tipo I) são extremamente raras e podem ser associadas a qualquer componente da vacina.
-Manifestações neurológicas: raramente a aplicação de algumas vacinas pode anteceder o início da Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Geralmente, os sintomas aparecem entre 1 a 21 dias e no máximo até 6 semanas após administração da vacina. É importante citar que o próprio vírus influenza pode desencadear a SGB, e que a frequência de 1 caso por milhão de doses administradas, encontrada em alguns estudos, é muito menor o risco de complicações da influenza que podem ser prevenidas pela imunização.
Procure a Unidade de Saúde caso venha apresentar um evento supostamente atribuíveis a vacinação.
Durante a Realização da Campanha todas as Unidades de Saúde estarão realizando a imunização:
-USF Cleide Maria Baragati Cassini
2ª à 6ª feiras das 7 às 16 h.
-UBS Cleide Maria Terezinha Bognar Checheto
2ª à 6ª feiras das 7 às 18 h.
Atenção durante a realização da Campanha haverá horário ampliado de funcionamento para vacinação:
- Dia 11 de abril próxima terça-feira a UBS Maria Terezinha Bognar Checheto estará realizando vacinação até as 21 h.
-Dia 13 de abril próxima quinta-feira a USF Cleide Maria Baragati Cassini estará realizando vacinação até as 21 h.
-E no dia 06 de maio, sábado, as Unidades de Saúde estarão abertas para vacinação das 8 às 16 h.
Todas as vacinas do calendário vacinal estarão disponíveis, aproveite para atualizar sua caderneta de vacinação!
“Pais levem seus filhos para vacinar! Vacinas salvam vidas!”
Bibliografia consultada
BRASÍLIA. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis. Informe técnico – 25ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Brasília, março de 2023.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”. Divisão de Doenças de Doença de Transmissão Respiratória. Boletim Epidemiológico da Influenza – sazonalidade 2022 (SE 01-52/2022), Secretaria Estudal de Saúde, Estado de São Paulo.
Elaboração:
Diretorias de Vigilância Epidemiológica e Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Cabrália Paulista-Abril de 2023.
Cabrália Paulista